A transparência como dimensão da construção de confiança e credibilidade

Transparência
A transparência como dimensão da construção de confiança e credibilidade 2

Há uns dias escrevi um artigo sobre a credibilidade e confiança. Resumidamente o artigo fala da confiança como activo importante e essencial para a construção da reputação das #empresas (e, na verdade, das #pessoas). Vivemos numa era digital, onde as conexões são constantes e a informação flui livremente e por isso a confiança tornou-se numa moeda valiosa para empresas e marcas. É o pilar central que sustenta a #credibilidade e destaca-se como um diferencial competitivo imprescindível. Para construir e manter esta confiança há cinco dimensões essenciais a ter em conta: #transparência, #responsabilidade, #consistência, #autenticidade e #ética.

As organizações que adoptam políticas abertas, reagem com #integridade em momentos de crise, cumprem as suas promessas consistentemente, permanecem fiéis à sua essência e operam com responsabilidade ética … solidificam a sua reputação e garantem a #lealdade e o #respeito todos os stakeholders. Afinal, é sobre os alicerces da #confiança que a credibilidade e a boa #reputação se constroem, assegurando às empresas um lugar de destaque num #mercado que valoriza #relacionamentos #genuínos e o #compromisso com a responsabilidade.

Ao longo das próximas semana vamos explorar e aprofundar cada uma destas dimensões.

A importância da transparência para a credibilidade de empresas e marcas

A transparência é um pilar estratégico para as empresas que querem cultivar a confiança e, por consequência, credibilidade junto aos seus públicos. Ela está para as empresas como um rio limpo translucido está para quem lá quer mergulhar.

Porque é que ser transparente é estar no coração da reputação corporativa e como é que isto se traduz numa vantagem competitiva no teatro global de negócios?

Transparência é a janela através da qual o mundo observa a alma de uma empresa. Num mercado onde a informação circula à velocidade de um clique, o segredo já não é a alma do negócio. Pelo contrário, é a abertura que convida ao escrutínio que constrói pontes de confiança com os consumidores, os investidores, os parceiros e toso o mercado.

O consumidor detém poder sem precedentes, ditando as regras do engajamento através das suas expectativas. O mesmo acontece com os investidores que querem garantir seu retorno de investimento seguro, real, e consistente. As Empresas que encaram este desafio como uma oportunidade para reforçar a sua imagem institucional percebem que, ao partilhar detalhes sobre as operações, cadeias de suprimentos e práticas de governança, estão, de facto, a reforçar a confiança de todos os stakeholders.

A transparência manifesta-se sob várias formas: seja na clareza das informações que circulam entre os departamentos internos, seja na precisão dos dados disponibilizados ao mercado sobre produtos e serviços, seja no desenvolvimento de boas práticas e capacidade de ser claro. Esta prática alcança o seu auge quando as organizações abrem mão de alguns segredos e alguma informação relevante em prol de uma comunicação aberta sobre os seus desafios e vitórias.

As estratégias empresariais de hoje incorporam a transparência como um elemento de gestão, introduzindo-a nas suas narrativas e processos, mostrando uma cultura de integridade. As tendências de mercado apontam para um aumento na procura por marcas que não se esquivam ao diálogo aberto, independentemente das dificuldades que isto possa representar e do momento em que o fazem.

A transparência não é um atalho para a credibilidade, mas sim um caminho que, embora mais longo e árduo, conduz a uma reputação robusta e a um relacionamento duradouro com o mercado. As empresas que se são transparentes descobrem que a confiança é um recurso renovável, que se fortalece com cada passo dado neste sentido.

Para cultivar uma cultura de transparência, considere a implementação de canais de comunicação internos e externos eficientes, promova a educação e formação contínua dos colaboradores sobre a importância da honestidade nos negócios e esteja preparado para ouvir e agir sobre o feedback, tanto positivo como negativo.

Se olharmos para o mercado, percebemos que as empresas que estão neste caminho, estão a desenhar o futuro do comércio mundial. A transparência é a assinatura da liderança moderna e um testemunho do compromisso com uma gestão ética e responsável. Em última análise, a transparência é uma face dos negócios, e as marcas conquistam um lugar de honra no desenvolvimento empresarial e no coração dos stakeholders.

Como se materializa isto no mundo real? A divulgação proactiva de informações ambientais, sociais e de governança (ESG), por exemplo, é um indicativo de que uma organização respeita os seus interlocutores, valoriza o papel que cada um desempenha no ecossistema empresarial e está alinhada com as boas práticas. Ou, para citar alguns exemplos:

+ Relatórios anuais e de sustentabilidade: que incluam não os resultados financeiros, mas também iniciativas de responsabilidade social corporativa e ambiental.

+ Auditorias externas: submeter-se regularmente a auditorias externas e partilhar os resultados com o público, destacando áreas de sucesso e oportunidades de melhoria.

+ Política de portas abertas: implementar uma política de comunicação aberta onde clientes, investidores e colaboradores possam ter respostas para as suas questões e preocupações.

+ Divulgação de informação em tempo real: usar plataformas digitais para fornecer actualizações em tempo real sobre o estado de novos projectos, lançamentos de produtos e iniciativas empresariais.

+ Conselhos consultivos de clientes: criar conselhos compostos por clientes para participar no processo de tomada de decisão e na definição de directrizes empresariais.

+ Políticas claras: assegurar que todas as políticas da empresa, especialmente aquelas que afectam directamente o consumidor e o meio ambiente, são facilmente acessíveis e compreensíveis.

+ Gestão de crises transparente: abordar prontamente qualquer crise ou problema público, explicando o que aconteceu, quais medidas que estão a ser tomadas e como serão evitados incidentes semelhantes no futuro.

+ Indicadores de desempenho: partilhar indicadores-chave de desempenho com o público para mostrar o crescimento e desenvolvimento em áreas como qualidade, serviço ao cliente e responsabilidade social.

+ Cadeia de suprimentos: revelar detalhes sobre a cadeia de suprimentos, incluindo onde e como os produtos são fabricados, e garantir que os fornecedores também seguem práticas éticas e transparentes.

+ Fóruns e comunicação directa: organizar encontros regulares com stakeholders, como reuniões com accionistas, fóruns comunitários e sessões de perguntas e respostas, para discutir abertamente os planos e os desafios da empresa.

Há mais exemplos que poderíamos ficar aqui a exemplificar. Participe na discussão !

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Susana F. Cardoso

Susana F. Cardoso

Especialista em Comunicação e RP

Sou especialista em comunicação e ajudo as empresas a comunicar com o mercado. Desenvolvo e implemento estratégias, planos e acções de comunicação, assessoria de imprensa, e RP, em função dos objectivos de negócio para o sucesso efectivo dos projectos.​ Foco-me em amplificar a história das empresas, identificar oportunidades, impulsionar a mudança, e ligar pessoas.

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